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  • Foto do escritorMaginna Studio

"O Gambito da Rainha" impulsiona vendas de jogos de xadrez: a influência da ficção sobre o mercado



O Gambito da Rainha é uma das minisséries mais bem sucedidas da Netflix. Com apenas 7 episódios, figurou por semanas no topo das séries mais assistidas e tornou-se um dos assuntos mais comentados nas redes sociais durante muito tempo.


Protagonizada por Anya Taylor-Joy, a série conta a história de Beth Harmon, uma menina órfã que se revela um prodígio no xadrez. Focando na emoção do jogo e dos campeonatos, a obra fez um sucesso tão grande que começou a gerar impactos notáveis na vida real, principalmente no mercado esportivo.


Segundo a Netflix, cerca de 62 milhões de usuários assistiram a série nas primeiras quatro semanas, tornando O Gambito da Rainha a minissérie mais vista de todos os tempos na plataforma. Ela entrou no top 10 de 92 países, chegando à 1ª posição em 63 deles, incluindo o Brasil.


(Divulgação/Netflix)

Ainda que as vendas de jogos de xadrez tenham aumentado de forma natural devido à pandemia, o lançamento da série fez com que os números disparassem: "jogadas de xadrez" teve 150% mais buscas que o normal, "jogos de xadrez" foi 80% mais procurado, enquanto "estratégias de xadrez" teve 60% mais acessos.


Cresceu também a busca por "como jogar xadrez online", e o número de downloads do aplicativo Chess – Play and Learn teve um aumento súbito, chegando a faturar US$ 300 mil. Tudo isso impactou diretamente nas vendas dos jogos, como no caso da empresa Goliath Games, cujas vendas aumentaram 1048% após a estreia da série.


Hoje em dia, pode-se dizer que obras fictícias exercem grande influência no comportamento das pessoas, talvez até mais que a publicidade tradicional. Em momento algum a Netflix tentou vender ou convencer os espectadores a se interessarem por xadrez, afinal, não era o intuito, mas aconteceu mesmo assim. Esse evento se assemelha muito à estratégia de storytelling, que vem ganhando espaço e já é muito utilizada por grandes empresas.


Storytelling é o ato de contar histórias para transmitir uma mensagem de maneira diferente e inesquecível, conectando-se com a audiência mais profundamente. Nessa estratégia, o objetivo não é vender, e sim gerar identificação com o público e associar experiências positivas à marca. Dessa forma, as vendas acontecem naturalmente. Um exemplo claro disso são os comerciais da Coca-Cola, principalmente os de natal, que possuem uma narrativa com grande apelo emocional:



Esses comerciais conseguem se conectar com o público de uma forma muito humana ao abordar temas comuns a todos: amor, amizade, família, saudade... Assim, a marca consegue mostrar seu produto de forma sutil e associá-lo a emoções positivas.



A cantora Manu Gavassi também é conhecida por seus comerciais criativos. Seja para TV ou publis no Instagram, Manu utiliza o storytelling para prender a atenção do público, apresentando um conteúdo único.


Pessoas amam boas histórias, o que torna essa nova abordagem uma grande oportunidade, mesmo para pequenas empresas que ainda não têm muitos recursos. Você pode contar sua história através de textos, das suas redes sociais ou de vídeos mais simples, por exemplo.


Lembre-se que histórias reais emocionam mais do que um roteiro mirabolante, pois geram identificação. Seja transparente, fale sobre você, sua marca ou seu propósito. Aborde seu produto de forma autêntica e divertida. São diversas possibilidades e, assim como a história de Beth inspirou milhões de pessoas, a sua também pode criar esses vínculos e conquistar sua própria audiência.


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Até o próximo post!

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